sábado, 16 de abril de 2011

Namoro não é treino para casamento

Quando dois se conhecem, cada um ouve o conselho:

Vê se conhece direitinho a moça/rapaz, a família dele/dela, prá você ter uma idéia.

Sim, isto conta, mas apenas em dez por cento, ou menos. Quando um indivíduo é (1) tirado do convívio da família e (2) colocado em convívio íntimo com um parceiro, as possibilidades de ruptura em (1) e de interação em (2) são infinitas.

A ruptura

Ao sair de casa, a pessoa sofre uma ruptura dos seus apoios, como um dente ainda sadio arrancado da boca. Mesmo que se diga que o indivíduo já está maduro e com a personalidade formada, ele está em interação com "músculos do útero materno". A casa é extensão do útero da mulher, ou segundo útero.

Quando a mulher sai da casa paterna, ela cai em uma nova casa, sob a convivência com um "novo pai". E quanto ao homem, cai num novo útero, aquele que é extensão do útero daquela que dará à luz o seu filho com esta.

A nova interação

E então, na nova casa, a convivência vai começar do zero. Os dois se conhecem ligados à família. Agora os dois estarão desligados de suas famílias. Não são mais só beijos e abraços e saídas com a volta para cada casa no fim do dia, e sim a volta para uma mesma casa. Não existe ninguém para dizer "faça isto" ou "faça aquilo". Agora eles é que tem que mandar em sí próprios.

Enganos

Existem pessoas que se casam porque gostam da família do outro. Estes estão procurando um novo lar materno, e não uma companheira. Outros procuram uma nova mãe, e outras procuram um novo pai. É uma concretização do dito popular:

É preciso que as coisas mudem, para que permaneçam exatamente as mesmas.

Conclusão

Namoro não serve nem como introdução, assim como noivado, para a nova vida. Por isto devemos deixar que Deus decida, e para isto é preciso prestar a atenção. A vida dá sinais.

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